Chimarrão, Curtindo a cuia
Enxágua-se com água quente e estará curada ou curtida, pronta para entrar em uso. O
mate ou cuia se cura cevando, isto é, à medida que vai sendo usada vai dando melhores
mates.
Há quem goste de colocar o mate (cuia) num cozimento com flores de maçanilha após o
curtimento
Preparando o Chimarrão
1. Comece colocando água para ferver
2. Coloque a erva em 3/4 da cuia 3. Tape com a mão, e deite a erva até ficar quase vertical, sacuda. 4. Despeje água morna na cuia na quantidade suficiente para deixar a erva armada na
posição inclinada.
5. Deixe inchar a erva por mais ou menos 3 minutos. 6. Enterre a bomba na erva tapando a ponta com o polegar. Vá até o fundo. 7. Deixe a água chiar, sem ferver. 8. Encha a cuia e tome até roncar, antes de passar para outra pessoa. 9. Agora você está pronto para saborear o seu chimarrão. Adicione água quente (80ºC) no espaço vazio próximo a bomba enchendo
a cuia (sem cobrir completamente a erva).
Beba até que a água tenha terminado e volte a encher a cuia e assim por diante.
Não mova a bomba e continue usando a mesma erva até sentir que ela perdeu o gosto.
Dicas . Use erva nova . Não tome muito depressa
****Se tu és dos que estão descobrindo agora o chimarrão, seja pelo motivo apontado,
seja por se tratar de turista de passagem ou ainda por qualquer outro motivo, saibas
que, ao lado da simplicidade desse costume e da informalidade que caracteriza a
roda de chimarrão, existem certas regras, mandamentos, mesmo, que devem ser
respeitados por todos. Vejamos, pois, aquelas coisas que ninguém tem o direito de fazer,
sob pena de ver os tauras daqui empunhar lanças pela enésima vez na história e, talvez,
antecipar o "dia seguinte".
LENDA DO CHIMARRÃO
Existem muitas lendas contando como foi que começou o uso da erva mate. Destas
descrevemos uma:
Era sempre assim: a tribo de índios guarany derrubava um pedaço de mata, plantava
a mandioca e o milho, mas depois de quatro ou cinco anos a terra se euxaria e a tribo
precisava emigrar a terra além.descrevemos uma:
Cansado de tais andanças, um velho índio, já mui velho, um dia recusou seguir
adiante e prefere quedar-se na tapera. A mais jovem de suas filhas, a bela Jary ficou
entre dois corações: seguir adiante, com os moços de sua tribo, ou ficar na solidão,
prestando arrimo ao ancião até que a morte o levasse para a paz do Yvi-Marai.
Apesar dos rogos dos moços, terminou permanecendo junto ao pai.descrevemos uma:
Essa atitude de amor mereceu ter recompensa. Um dia chegou um pajé desconhecido
e perguntou à Jary o que é que ela queria para se sentir feliz. A moça nada pediu, mas
o velho pai pediu, "que renovadas forças para poder seguir adiante e levar Jary ao encontro
da tribo que lá se foi".
Entregou-lhe o pajé uma planta muito verde, perfumada de bondade, e ensinou
que ele plantasse, colhesse, as folhas, secasse ao fogo, triturasse, botasse os pedacinhos
num porongo, acrescenta-se água quente ou fria e sorvesse essa infusão, "terás nessa
nova bebida uma nova companhia saudável mesmo nas horas tristonhas da mais cruel
solidão". Dada a receita partiu.
Foi assim que nasceu e cresceu a caá-mini. Dela resultou a bebida caá-y que os
brancos mais tarde adotaram o nome de chimarrão.
Sorvendo a verde seiva o ancião retemperou-se, ganhou força e pode empreender a
longa viajada até o reencontro com seus. Foram recebidos com a maior alegria.
E a tribo toda adotou o costume de beber da verde erva, amarguentinha e gostosa
que dava força e coragem e confortava amizade mesmo nas horas tristonhas da mais
total solidão.
Era sempre assim: a tribo derrubava um pedaço de mata, plantava a mandioca e o
milho, mas depois de quatro ou cinco anos a terra se exauria e a tribo precisava emigrar
à terra além.
Cansado de tais andanças, um velho índio um dia se recusou a seguir adiante e preferiu
quedar-se na tapera.
A mais jovem de suas filhas, a bela Jary, ficou entre dois corações: seguir adiante,
com os moços de sua tribo, ou ficar na solidão, prestando arrimo ao ancião até que a morte
o levasse para a paz do Ivy-Marae. Apesar dos rogos dos moços, terminou permanecendo
junto ao pai.
Essa atitude de amor mereceu ter recompensa. Um dia chegou ao rancho um pajé
desconhecido e perguntou a Jary o que é que ela queria para se sentir feliz. A moça
nada pediu. Mas o velho pediu: "Quero renovadas forças para poder seguir adiante
e levar Jary ao encontro da tribo que lá se foi".
Entregou-lhe o pajé uma planta muito verde, perfumada de bondade, e ensinou
que ele plantasse, colhesse as folhas, secasse ao fogo, triturasse, botasse os pedacinhos
num porongo, acrescentasse água quente ou fria e sorvesse esta infusão.
"Terás nessa nova bebida uma companhia saudável mesmo nas horas tristonhas da mais
cruel solidão".
Dada a receita, partiu.
Foi assim que nasceu e cresceu a caá-mini. Dela resultou a bebida caá-y que os
brancos mais tarde adotaram com o nome de chimarrão.
Sorvendo a verde seiva o ancião retemperou-se, ganhou força, e pôde empreender a
longa viagem até o reencontro com os seus.
Foram recebidos com a maior alegria.
E a tribo toda adotou o costume de beber da verde erva, amarguentinha e gostosa,
que dava força e coragem e confortava amizade mesmo nas horas tristonhas da mais
total solidão.
Evolução Histórica
O uso desta planta como bebida tônica e estimulante já era conhecido pelos aborígenes
da América do Sul. Em túmulos pré-colombianos de Ancon, perto de Lima no Peru, foram
encontradas folhas de erva mate ao lado de alimentos e objetos, demonstrando o seu uso
pelos incas.
Desde os primórdios da ocupação castelhana no Paraguai, indicado por Don Hernando
Arios de Saavedra (governante de 1592-1594), observou-se a utilização da erva mate pelos
indígenas.
Os primeiros jesuítas estabelecidos no Paraguai (posteriormente nas missões), fundaram
várias feitorias, nas quais o uso das folhas de erva mate já era difundido entre os índios
guaranis, habitantes da região.
Posteriormente observou-se que os indígenas brasileiros, que habitavam as margens do
rio Paraná, utilizavam-se igualmente desta Aquifoliácea. Outras tribos não localizadas em r
egiões de ocorrência natural da essência, possuíam o hábito de consumi-la, obtendo-a através
de permuta.
Estas tribos localizadas no Peru, Chile e Bolívia, transportavam o produto por milhares de
quilômetros.
Orientados pelos jesuítas, instalados na Companhia de Jesus do Paraguai (denominação
dada no século XVII aos territórios das províncias do Paraguai, Buenos Aires e Tucuman), os
indígenas iniciaram as plantações de erva mate.
Concomitante a implantação de ervais, os jesuítas aprofundaram-se no estudo do sistema
vegetativo da planta, visto que as sementes caídas das erveiras não germinavam naturalmente.
Os jesuítas definiram preceitos sobre época de colheita de sementes, do preparo e cultivo da
erva mate.
Por mais de século e meio (1610-1768), quando se deu a saída forçada da Companhia
de Jesus, os jesuítas exploraram o comércio e a exportação do mate. O Padre Nicolós Durain
observou que os índios tomavam o mate em água quente, não podendo passar sem ele
no trabalho, muitas vezes, pois era o único sustento.
As bandeiras paulistas que de 1628 a 1632 percorreram as regiões de Guaíra
regressaram trazendo índios guaranis prisioneiros, e com eles o hábito da bebida.
Origem do nome Mate
O espanhol preferiu usar a voz "mate", da língua quíchua, e que se ajusta melhor à
modalidade grave do idioma. A palavra quíchua "mati" era a designação da cuia. Substituiu
a palavra guarany, caiguá, nome composto das vozes caá (erva), i (água) e guá (recipiente).
O significado é o seguinte: recipiente para a água da erva.
Nomes Populares
A erva mate é conhecida popularmente também como mate, chá-mate, chá-do-paraguai,
chá-dos-jesuítas, chá-das-missões, mate-do-paraguai, chá-argentino, chá-do-brasil, congonha,
congonha-das-missões, congonheira, erva, mate-legítimo, mate-verdadeiro.
Outras denominações populares de menor disseminação incluem: erva-de-são bartolomeu,
orelha-de-burro, chá-do-paraná, congonha-de-mato-grosso, congonha-genuína,
congonha-mansa, congonha-verdadeira, erva-senhorita.
As denominações indígenas para a erva-mate são caá, caá-caati, caá-emi, caá-ete,
caá-meriduvi e caá-ti.
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quarta-feira, 25 de setembro de 2013
CHIMARRÃO
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